“A música é um fenômeno acústico para o prosaico;
um problema de melodia, harmonia e ritmo para o teórico;
e o desdobrar das asas da alma, o despertar
e a realização de todos os sonhos e anseios de quem verdadeiramente a ama...”
- Kurt Pahlen -
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
As sereias entretanto têm uma arma
ainda mais terrível que o canto: o seu silêncio.
Apesar de não ter acontecido isso,
é imaginável que alguém tenha escapado ao seu canto;
mas do seu silêncio certamente não.
Contra o sentimento de ter vencido com as próprias forças
e contra a altivez daí resultante
- que tudo arrasta consigo –
não há na terra o que resista.
“Das Schweigen der Sirenen”
[O silêncio das sereias]
Franz Kafka

quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"...Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento"
Tigresa - Caetano Veloso

segunda-feira, 2 de novembro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009

Eu não tenho pais,
Faço do céu e da terra meus pais.
Eu não tenho poder
Faço da honestidade a minha força.
Eu não tenho condutas,
Faço da humildade minha maneira de relacionamento.
Eu não tenho dotes mágicos,
Faço da minha força de espírito meu poder mágico.
Eu não tenho nem vida nem morte,
Faço da eternidade minha vida e minha morte.
Eu não tenho corpo,
Faço da coragem o meu corpo.
Eu não tenho olhos,
Faço do relâmpago meus olhos.
Eu não tenho ouvidos,
Faço do bom senso meus ouvidos.
Eu não tenho membros,
Faço da vivacidade meus membros.
Eu não tenho projetos,
Faço da oportunidade meus planos.
Eu não sou um prodígio,
Faço do respeito a verdadeira doutrina o meu milagre.
Eu não tenho dogmas rígidos,
Faço da adaptabilidade a todas as coisas o meu princípio.
Eu não tenho amigos,
Faço do espírito meu amigo.
Eu não tenho inimigos,
Faço da distração meu inimigo.
Eu não tenho armadura,
Faço da minha sinceridade e retidão a minha armadura.
Eu não tenho castelo fortificado para me defender,
Faço da minha sabedoria de espírito o meu castelo.
Eu não tenho espada,
Faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.
__________Doutrina Ronin
sábado, 26 de setembro de 2009

Sonho Impossível
Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
_________Chico Buarque
domingo, 13 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
- Fernando Pessoa -
"Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida de Pompeu
quinta-feira, 16 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009

