Paixões são vagalumes. Brilhando por uma, duas noites. E então, quando conseguimos alcançar uma e guardá-la em um pote para a eternidade, acordamos no dia seguinte, vendo lá apenas um bichinho imóvel com um brilho fosco.
Por isso, não as prenda com ferramentas tão brutas. Mas com uma rede maior, fiada com um zilhão e meio de fios. Guarde-as no reflexo dos seus olhos, cada uma delas, em cada instante.
Leitô, caro amigo, te juro, não nego, Meu livro te entrego bastante acanhado Por isso te aviso, me escute o que digo, Leitô, caro amigo, não leia enganado.
É simpre, bem simpre, modesto e grossêro, Não leva tempero das arte e da escola, É rude poeta, não sabe o que é lira, Saluça e suspira no som da viola.
Tu nele não acha tarvez, com agrado Um trecho engraçado com gosto e vontade, Mas ele te mostra com gosto e vontade, A luz da verdade gravada nas fôia.
Um comentário:
L!
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